Entre poderes e leis

três objeções ao disposicionalismo

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.18270/rcfc.v20i40.3234

Palabras clave:

essencialismo, disposições, leis da natureza, poderes, ontologia

Resumen

Neste artigo, sustento que o essencialismo disposicional (ed) pode fornecer uma metafísica adequada para as leis da natureza. Os defensores do ed sustentam duas teses principais, a saber: que (i) as propriedades fundamentais da natureza possuem essências disposicionais, e que (ii) as leis da natureza são metafisicamente necessárias. Meu objetivo é argumentar que as reivindicações centrais do ed são sólidas. Também forneço linhas de resposta a três objeções que geralmente são direcionadas à metafísica disposicionalista. Primeiro, abordo o dilema central proposto por Stephen Mumford, que coloca dúvidas sobre o papel de governança das leis, tanto no disposicionalismo como em outras concepções. Segundo, discuto a acusação de que a ontologia disposicionalista acarreta regresso infinito. A terceira objeção desafia o discurso disposicionalista a provar-se explicativo e não redundante. Defendo que uma ontologia de poderes puros e uma concepção de leis como proposições podem lidar adequadamente com essas objeções.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Renato Cesar Cani, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT).

Profesor del Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT). Pontes e Lacerda - Brasil.
Renato Cesar Cani é Graduado e Mestre em Filosofia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Doutorado em Filosofia (em andamento) pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Tem experiência nas áreas de Filosofia da Ciência, Epistemologia e Metafísica, com ênfase nos seguintes temas: realismo científico, leis da natureza e propriedades disposicionais.

Referencias bibliográficas

Armstrong, David Malet. What is a Law of Nature? Cambridge: Cambridge University Press, 1983.
______. A World of States of Affairs. Cambridge: Cambridge University Press, 1997.
______. “Two Problems for Essentialism”. The Philosophy of Nature: a Guide to New Essentialism. Ed. B. Ellis. Chesham: Acumen, 2002.
______. “Four Disputes about Properties”. Synthese 144.3 (2005): 309-320. <https://www.jstor.org/stable/20118566?seq=1>
Bird, Alexander. Nature’s Metaphysics: Laws and Properties. Oxford: Clarendon Press, 2007a.
______. “The Regress of Pure Powers?” The Philosophical Quarterly 57. 229 (2007b): 513-534. < https://doi.org/10.1111/j.1467-9213.2007.507.x>
Borge, Bruno. “Sobre la crítica de Mumford al realismo nomológico”. Manuscrito – Revista Internacional de Filosofia, Campinas 38.3 (2015): 59-80 2015. <http://dx.doi.org/10.1590/0100-6045.2015.V38N3.BB>
Cani, Renato Cesar. “Entre o geral e o particular”. Filosofia Unisinos 19.2 (2018): 121-130. <https://doi.org/10.4013/fsu.2018.192.02>
Cartwright, Nancy. Nature’s Capacities and Their Measurement. Oxford: Oxford University Press, 1989.
Chakravartty, Anjan. “The Dispositional Essentialist View of Properties and Laws”. International Journal of Philosophical Studies 11.4 (2003): 393-413. <https://doi.org/10.1080/0967255032000136498>.
______. A Metaphysics for Scientific Realism: Knowing the Unobservable. Cambridge: Cambridge University Press, 2007.
Ellis, Brian. Scientific Essentialism. Cambridge: Cambridge University Press, 2001.
______. The Philosophy of Nature: a Guide to New Essentialism. Chesham: Acumen, 2002.
Ghins, Michel. Uma introdução à metafísica da natureza: representação, realismo e leis científicas. Trad. Eduardo Salles O. Barra e Ronei Clécio Mocellin. Curitiba: Editora UFPR, 2013.
Heil, John. From an Ontological Point of View. Oxford: Oxford University Press, 2003.
Kripke, Saul. Naming and necessity. Oxford: Basil Blackwell, 1980.
Lewis, David. Philosophical papers Vol. II. Oxford: Oxford University Press, 1986.
Mackie, John Leslie. “Dispositions, Grounds, and Causes”. Synthese 34.4 (1977): 361-369. <https://doi.org/10.1007/BF00485646>
McKitrick, Jennifer. “Are Dispositions Causally Relevant?” Synthese 144.1 (2005): 357-371. <https://doi.org/10.1007/s11229-005-5868-z>
Mumford, Stephen. Laws in Nature. New York: Routledge, 2004.
Psillos, Stathis. “What do Powers do When They Are not Manifested?” Philosophy and Phenomenological Research LXXII.1 (2006): 157-176. <https://doi.org/10.1111/j.1933-1592.2006.tb00494.x>
Schaffer, Jonathan. “Quiddistic Knowledge”. Philosophical Studies 123.1 (2005): 1-32. <https://doi.org/10.1007/s11098-004-5221-2>
Shoemaker, Sydney. “Causal and Metaphysical Necessity”. Pacific Philosophical Quarterly 79.1 (1998): 59-77. <https://doi.org/10.1111/papq.1998.79.issue-1>
Swinburne, Richard. “Properties, Causation, and Projectability”. Applications of Inductive Logic. Eds. L. J. Cohen; M. Hesse. Oxford: Oxford University Press, 1980.
Van Fraassen, Bas. Laws and symmetry. Oxford: Oxford University Press, 1989.

Descargas

Publicado

2020-07-31

Cómo citar

Cani, R. C. (2020). Entre poderes e leis: três objeções ao disposicionalismo. Revista Colombiana De Filosofía De La Ciencia, 20(40), 129–158. https://doi.org/10.18270/rcfc.v20i40.3234