Barreiras e facilitadores em experiências de Atenção Primária Orientada à Comunidade (APOC) na América Latina: Revisão Sistemática Exploratória.

Resumo

Introdução: A Atenção Primária Orientada para a Comunidade surgiu entre as décadas de 1940 e 1950 em Pholela, África do Sul, buscando melhorar as condições de vida das comunidades sob o modelo de prática da medicina social. Este conceito foi desenvolvido ao longo dos anos no que é conhecido como Atenção Primária à Saúde. Metodologia: Sob uma revisão sistemática exploratória, é realizada uma análise das publicações de 1978 a 2020 na América Latina, explorando alguns elementos relevantes que a literatura indica como condições para a identificação de características que facilitam ou dificultam o desenvolvimento de modelos (APOC) . 232 foram gerenciados após duplicatas, 46 revisados ​​e incluídos 28 que atenderam aos critérios de inclusão, sendo realizados em populações latino-americanas, que faziam alusão ao COPC entre os anos de 1978 e 2020. Resultados: Identificam-se na literatura facilitadores do COPC: participação comunitária, ambiente acadêmico, cuidado baseado nas necessidades, cobertura em todas as fases da doença, responsabilidade pela saúde em uma população definida. A articulação com o meio acadêmico surgiu como facilitador preponderante na revisão sistemática exploratória. Entre as barreiras estava a falta de vontade política, o uso irracional de recursos e a fragmentação dos serviços de saúde. Discussão: A integração entre a saúde pública e a atenção primária é essencial para alcançar mudanças na saúde da comunidade, o APOC atinge esse objetivo de integrá-los. A comunidade é receptiva ao COPC quando se trata de resolver seus problemas. Conclusão: É necessário implementar modelos de APOC em países cujas normas estimulem o desenvolvimento de sistemas baseados na APS e apoiem a pesquisa acadêmica para conseguir a participação de todos os atores do sistema de saúde de cada região.