Extração de sêmen post mortem: aspectos éticos e legais. Descrição de caso e estudo na Colômbia

Autores

  • Samuel Barbosa
  • Diana Cardenas
  • José Félix Patiño
  • Efraín Noguera
  • Ana María De Brigard
  • Sonia Echeverri
  • Roberto Esguerra

DOI:

https://doi.org/10.18270/rcb.v10i1.690

Palavras-chave:

sêmen post mortem, bioética, fertilização in vitro, procriação post mortem, consentimento informado

Resumo

A extração de sêmen post mortem (ESP), para programas de fertilização in vitro, é um procedimento que vem sendo praticado desde os anos 80. Nas últimas décadas, as solicitações para realizar ESP aumentaram em todo o mundo. Este procedimento desencadeou várias discussões sobre os aspectos éticos e legais em saúde mental, com importantes perguntas ainda sem respostas. Na Colômbia, não foram documentados casos na literatura médica ou bioética indexada. Na maioria dos países, nada foi declarado sobre isso, nem por meio de tutela, nem por meio regulamentar. Na atualidade, extrair o sêmen de uma pessoa depois de falecida é uma realidade científica possível. Isto é eticamente bom e juridicamente viável? O debate mal está à vista e sua resposta, pa-rece, ainda está longe. Este relato de caso apresenta uma recontagem histórica da evolução da ESP no mundo e uma apresentação de caso do Hospital Universitário Fundación Santa Fe. Também é apresentada uma análise sobre as implicações éticas da vontade do doador, da parte solicitante, da criança e dos médicos, assim como sobre as implicações legais e de saúde mental na Colômbia.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

1. ANDREWS, L. B. «The sperminator». In The New York Times Magazine. 1999, Mar 28: 62-65.
2. BAHADUR, G. «Death and conception». In Hum Reprod. 2002, 17:2769-75. [En línea]. [Fecha de con-sulta 11 de febrero de 2012]. Disponible en http://humrep.oxfordjournals.org /content/17/10/2769.short
3. BATZER, F. R., HURWITZ, J. M., & CAPLAN, A. «Postmortem parenthood and the need for a protocol with posthumous sperm procurement».Fertility and Sterility. 2003, 79(6), 1263-69.
4. BIAHAMS, D. «A unique case of frozen sperm export?». InThe Lancet. 19 97. 349(9050), 448. doi:10.1016/S0140-6736(05)61180-4. [En línea]. [Fecha de con-sulta 13 de junio de 2012] Disponible en http://www.thelancet.com /journals/lancet/issue/vol-349no9050/PIIS0140-6736%2800%29X0037-2
5. BLYTH, E. y CAMERON, C. «The welfare of the child. An emerging issue in the regulation of assisted conception». In HumReprod. 1998, 13:2339-55. [En línea]. [Fecha de consulta 28 de enero de 2013]. Disponible en http://humrep.oxfordjournals.org/content/13/9/23 39.short
6. COLOMBIA. CONSTITUCIÓN POLÍTICA DE 1991. Bogotá: Legis, 2010.
7. EPKER, J.; GROOT, Y.; KOMPANJE, E. «Ethical and practical considerations concerning perimor-ten sperm procurement in a severe neurologically damaged patient and the apparent discrepancy in validation of proxy consent in various postmortem procedures». Intensive Care Med. 2012, 38, pp. 1069-73. [En línea]. [Fecha de consulta 14 de octubre de 2013]. Disponible en http://link.springer.com/arti-cle /10.1007/s00134-012-2536-x# page-1
8. ETHICAL CONSIDERATIONS OF THE NEW REPRODUCTIVE TECHNOLOGIES. «The Ethics Committee of the American Fertility Society». In Fertil Steril. 1990(53); Suppl 2:34S-35S.
9. HOSTIUC, S. & CURCA, C. G. «Informed consent in posthumous sperm procurement».In Archives of Gynecology and Obstetrics. 2010, 282(4), 433-8.
10.HURWITZ, J. M. Y BATZER, F. R. «Posthomous sperm procurement: demand and concerns». In ObstetGynecolSurv 2004, 59:806-8.
11.ORR, R. & SIEGLER, M. «Is posthumous semen retrieval ethically permissible?» Journal of Me-dical Ethics. 2002, Vol. 28 N.o 5, pp. 299-302. doi:10.1136/jme.28.5.299. [En línea]. [Fecha de con-sulta 24 de octubre de 2014]. Disponible en http://jme.bmj.com/content/28/5/299.short doi:10.1136 /jme.28.5.299 12.PENNINGS, G. «Measuring the welfare of the child: in search of the appropriate evaluation principle».In Human Reproduction. 1999, 14(5), 1146-50.
13.ROTHMAN, C. M. «A method for obtaining viable sperm in the postmortem state». In Fertility and Ste-rility. 1980, 34(5), 512
14.SHENFIELD, F. «Consent and Intent: The Legal Di-fference in Assisted Reproductive Treatments». In M. D. A. Freeman & A. D. E. Lewis (E ds.), Law and Me-dicine. 2000,(pp. 3-317). Oxford University Press.
15.TOWNSEND, M. F., RICHARD, J. R., & WITT, M. A. «Artificially stimulated ejaculation in the bra-in dead patient: a case report». In Urology. 1996, 47(5), 760-2. [En línea]. [Fecha de consulta 26 de abril de 2012]. Disponible en http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0090 429596000210#
16.WHITE, G. B. «Commentary: legal and ethical as-pects of sperm retrieval». In The Journal of Law, Medicine & Ethics: A Journal of the American Society of Law, Medicine & Ethics. 1999, 27(4), 359-361, 295.

Publicado

2015-10-22

Como Citar

Barbosa, S., Cardenas, D., Patiño, J. F., Noguera, E., De Brigard, A. M., Echeverri, S., & Esguerra, R. (2015). Extração de sêmen post mortem: aspectos éticos e legais. Descrição de caso e estudo na Colômbia. Revista Colombiana De Bioética, 10(1), 170–181. https://doi.org/10.18270/rcb.v10i1.690