Reflexão bioética sobre espécimes de plantas: transcendência dos interesses antropocêntricos ligados às plantas medicinais

Resumo

Objetivo/Contexto. Este artigo expõe o enigma relativo a certas perspectivas culturais que abraçaram as plantas medicinais, a partir de seu valor intrínseco e uso em diferentes cenários sociais, levando em conta duas linhas de ação: a holística e a antropocêntrica.
Metodologia/Aproximação. Foi realizada uma revisão do material bibliográfico, a partir da abordagem qualitativa da análise cultural e da técnica de análise documental, levando em conta os eixos temáticos da ética fundiária, do antropocentrismo e das plantas medicinais.
Resultados/Descobertas. As plantas medicinais têm gerado uma alta incidência no campo da saúde, devido ao seu valor intrínseco, visualizado a partir da autopoiese e sua importância no ecossistema. Por outro lado, os usos estabelecidos em diferentes áreas do conhecimento (medicina, biotecnologia, agricultura, entre outras); e as práticas exercidas (culturais), obtêm benefícios para o homem a partir das dimensões física, biológica e de compreensão.
Discussão/Conclusões. A posição bioética foi apoiada a partir dos fundamentos ambientais visualizados em A. Leopold's Earth Ethics e V. Potter's global bioethics; sem deixar de lado autores como F. Jahr, G. Cely, entre outros. As abordagens analisadas enfatizam a necessidade de promover a transição do antropocentrismo para o ecocentrismo, com base na interação responsável entre humanos e não-humanos, gerando a harmonia, a inter-relação e o equilíbrio que devem ser consolidados dentro de um ecossistema, onde é essencial a coexistência com as plantas medicinais e seu valor intrínseco.