Contra-estórias: uma proposta baseada em bioética narrativa para contrariar o discurso do ódio

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18270/rcb.v17i1.3948

Palavras-chave:

bioética, narração de histórias, discurso, ódio, métodos, educação

Resumo

Finalidade/Contexto. Este artigo propõe contra-estórias baseadas em bioética narrativa como dispositivos para combater o discurso do ódio.

Metodologia/Aproximação. Pesquisa qualitativa baseada num paradigma hermenêutico e reflexivo, dividido em três momentos metodológicos: revisão da bioética narrativa, análise do discurso do ódio, estabelecimento de uma relação entre a bioética narrativa e o discurso do ódio, e proposta de contra-estórias como antídotos para o discurso do ódio.

Resultados/Findings. Paradoxalmente, a bioética narrativa e o discurso do ódio partilham uma característica importante: ambos estão conscientes do poder que as histórias incorporam para os seres humanos; no entanto, os dois usam essas histórias de formas diametralmente opostas, enquanto a bioética narrativa defende a dignidade e a justiça social, o discurso do ódio ataca estes dois elementos.

Discussão/Conclusões/Contribuições. A terceira onda de bioética narrativa tem o potencial de contrariar o discurso do ódio através da criação de histórias para além das histórias que defendem a dignidade e a justiça social, educando e preparando as pessoas não só para gerar histórias que persuadam, mas que sejam politizadas e defendam a dignidade de outros seres humanos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Adams, Tony. 2008. “A review of narrative ethics.” Qualitative inquiry 14, no. 2: 175-194. http://dx.doi.org/10.1177/1077800407304417

Bakhtin, Mikhail. 1981. The Dialogic Imagination: Four essays. Texas: University of Texas Press.

Baldwin Clive. 2016. “Narrative Ethics.” En: Ten Have Henk, editor. Encyclopedia of global bioethics. Amsterdam: Springer. https://doi.org/10.1007/978-3-319-09483-0

Cebotarev, Eleonora. 2003. “El enfoque crítico: Una revisión de su historia, naturaleza y algunas aplicaciones.” Revista Latinoamericana de Ciencias Sociales, Niñez y Juventud 1, no. 1.

Chambers, Tod. 1999. The Fiction of Bioethics. Nueva York: Routledge.

Della Porta, Donatella y Michael Keating. 2013. Enfoques y Metodologías de las ciencias sociales: Una perspectiva pluralista. Madrid: Ediciones AKAL.

Domingo, Tomás y Lydia Feito. 2013. Bioética narrativa. Madrid: Escolar y Mayo.

Fals-Borda, Orlando y Mohammed Rahman. 1989. La situación actual y las perspectivas de la IAP en el mundo. Análisis Político 5.

Fals-Borda, Orlando. 2001. “Participatory (Action) Research in Social Theory: Origins and Challenges.” En: Reason, Peter y Bradbury, Hilary, editores. Handbook of Action Research: Participative Inquiry and Practice. Londres: Sage.

Gagliardone, Iginio, Danit Gal, Thiago Alves y Gabriela Martinez. 2015. Countering online hate speech. Paris: Unesco.

Manchola-Castillo, Camilo y Volnei Garrafa. 2019. “De la fundamentación a la intervención: una propuesta metodológica (¡narrativa!) para la Bioética de Intervención.” Revista Brasileira de Bioética 15, no. e6: 1-18. https://doi.org/10.26512/rbb.v15.2019.26669

Manchola-Castillo, Camilo y Jan Solbakk. 2017. “Bioethics and imagination: towards a narrative bioethics committed to social action and justice.” Medical Humanities 43, no. 3: 166-171. https://doi.org/10.1136/medhum-2016-011079

Manchola-Castillo, Camilo. 2014. “Por una bioética distinta: narrativa y latinoamericana.” Revista Redbioética 5, no. 2: 70-80.

Manchola-Castillo, Camilo. 2017. “Tres apuestas por una bioética práctica.” Revista Bioética 25, no. 2: 264-274. https://doi.org/10.1590/1983-80422017252186

Molano, Alfredo. 2015. “La gente no habla en conceptos, a menos que quiera esconderse.” En Moncayo, Victor, editor. Antología del pensamiento crítico colombiano. Buenos Aires: Clacso.

Nussbaum, Martha. 1997. Cultivating Humanity. Cambridge: Harvard University Press. https://doi.org/10.2307/j.ctvjghth8

Potter, Van Rensselaer. 1971. Bioethics - Bridge to the future. Nueva Jersey: Prentice-Hall Inc.

Ricoeur, Paul. 1984. Hermenéutica y psicoanálisis. Buenos Aires: Ediciones La Aurora.

Unesco. 2005. Declaración Universal sobre Bioética y Derechos Humanos. París: Unesco.

Unesco. 2019. United Nations Strategy and Plan of Action on Hate Speech. https://www.un.org/en/genocideprevention/documents/UN%20Strategy%20and%20Plan%20of%20Action%20on%20Hate%20Speech%2018%20June%20SYNOPSIS.pdf

Publicado

2022-03-07

Como Citar

Manchola-Castillo, C. (2022). Contra-estórias: uma proposta baseada em bioética narrativa para contrariar o discurso do ódio. Revista Colombiana De Bioética, 17(1). https://doi.org/10.18270/rcb.v17i1.3948